Os astrônomos observaram e ficaram fascinados com o flash de luz mais brilhante já visto, emitido a uma distância de 2,4 bilhões de anos-luz da Terra e supostamente causado pelo nascimento de um buraco negro.
Essa explosão de raios gama - forma mais intensa de radiação eletromagnética - foi observada pela primeira vez por telescópios em órbita da Terra no domingo, 9, e a luz residual continua sendo estudada por cientistas de todo o mundo.
Os cientistas acreditam que esses surtos, que duram vários minutos, são causados pela morte de estrelas gigantes, mais de 30 vezes maiores que o Sol, segundo o astrofísico Brendan O’Connor.
A estrela explode e se torna uma supernova, antes de colapsar e formar um buraco negro. A matéria então forma um disco ao redor do buraco negro, é absorvida e liberada como energia viajando a 99,99% da velocidade da luz.
This week started with a bang — a record-breaking gamma-ray burst caught by our Fermi and Swift telescopes, among others. The blast likely signaled the birth of a black hole in a collapsing star nearly 2 billion years ago. More: https://t.co/GOnsPrsVxF pic.twitter.com/yJI2whqGuY
— NASA BOOniverse ???? (@NASAUniverse) October 13, 2022
O flash liberou fótons com um recorde de 18 teraelétron-volts de energia e impactou as comunicações de ondas longas na atmosfera da Terra. “Está quebrando recordes, tanto no número de fótons quanto na energia dos fótons que chegam até nós”, disse O’Connor, que fez novas observações do fenômeno na sexta-feira, 14, com instrumentos infravermelhos no telescópio Gemini South Observatory, não chili.
“Algo tão brilhante, tão próximo, é realmente um evento único em um século”, acrescentou o astrofísico. “As explosões de raios gama geralmente liberam, em questão de segundos, a mesma quantidade de energia que nosso Sol produziu ou produzirá em toda sua vida, e esse evento é a explosão de raios gama mais brilhante”, disse ele.
O’Connor, afiliado à Universidade de Maryland e à Universidade George Washington, continuará a vasculhar o espaço nas próximas semanas em busca de marcas de supernovas para confirmar suas hipóteses sobre a origem do flash.
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