A Intel disse nesta sexta-feira, 21, que investirá US$ 20 bilhões na construção do que pode vir a ser o maior complexo de produção de chips do mundo, com sede nos Estados Unidos. Segundo a empresa, o investimento pode ser ainda maior e chegar até US$ 100 bilhões ao longo da próxima década, com a criação de um total de oito fábricas.
O movimento faz parte da estratégia do presidente-executivo, Pat Gelsinger, para recuperar o domínio da Intel na fabricação de chips e reduzir a dependência dos EUA em relação aos centros de produção asiáticos, que têm um forte controle sobre o mercado de semicondutores.
O investimento inicial de US$ 20 bilhões é o maior da história do Estado americano de Ohio e criará 3 mil empregos, disse Gelsinger. O complexo pode se tornar "o maior local de fabricação de semicondutores do planeta", disse o executivo.
Os planos da Intel para novas fábricas não vão aliviar a atual crise de oferta de chips, já que esses complexos levam anos para serem construídos. Gelsinger reiterou nesta sexta-feira que espera que a escassez de chips persista até 2023.
É esperado que a construção das duas primeiras fábricas comece no final de 2022 – a produção de chips deve ser iniciada em 2025.
Reforço
Para aumentar drasticamente a produção de chips nos EUA, o governo Biden pretende persuadir o Congresso a aprovar US$ 52 bilhões em subsídios. Nesta sexta-feira, Biden elogiou o investimento da Intel, em um evento na Casa Branca com Gelsinger, e novamente defendeu a ação do Congresso.
"A China está fazendo o possível para dominar o mercado global para que possam tentar ultrapassar o resto de nós", disse Biden.
Gelsinger disse que, mesmo sem financiamento do governo, a Intel ainda vai iniciar o complexo em Ohio. "Só não vai acontecer tão rápido e não vai crescer tão rapidamente."
O executivo também disse à agência de notícias Reuters que espera anunciar um novo complexo grande na Europa nos próximos meses.
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