Na manhã desta sexta-feira (19), um apagão cibernético de grandes proporções afetou diversos serviços essenciais ao redor do mundo, incluindo aeroportos, sistemas de emergência e redes de televisão. De acordo com as informações divulgadas, a interrupção foi causada por uma atualização defeituosa da Crowstrike que impactou terminais do Windows, resultando em um efeito dominó em várias infraestruturas críticas.

Entre os serviços prejudicados estão:

- Bolsa de Valores de Londres

- Aeroportos na Austrália, Hong Kong, Amsterdã, EUA e Alemanha e outros em todo o mundo.

- Sistema de emergência 911 nos EUA

- SkyNews no Reino Unido fora do ar

- Sistemas de pagamento na Austrália e no Reino Unido

- Ferrovias no Reino Unido

- Companhias aéreas como Delta, American Airlines e United cancelaram voos nos EUA

Recentemente, o site DownDetector registrou uma série de interrupções em diversos serviços cruciais no Brasil, incluindo:

- Bancos: Bradesco, Next, e Neon, Caixa.

- Telecomunicações: Claro e Vivo

- Serviços Online da Microsoft: Microsoft Store e Microsoft 365

- Redes Sociais: Instagram

- Outros: Locaweb e Azure

Análise do Especialista

Para entender melhor o impacto e as possíveis consequências deste apagão, o Dellano Sousa, especialista em computação forense e cibersegurança destacou a gravidade da situação, enfatizando a necessidade de uma abordagem mais robusta para a segurança cibernética em infraestrutura crítica.

“Este incidente ressalta a vulnerabilidade das nossas infraestruturas digitais e a importância de medidas preventivas robustas. A dependência crescente de sistemas automatizados e a interconexão global significa que uma falha em um componente pode ter repercussões em cascata, afetando serviços essenciais em vários países”, afirmou o especialista.

Causas e Consequências

A atualização problemática da Crowstrike, uma empresa de segurança cibernética, foi identificada como a origem do problema. Dellano Sousa explicou que atualizações de segurança são processos críticos que, se não forem testados adequadamente, podem levar a falhas catastróficas. “A integridade das atualizações deve ser rigorosamente verificada antes de serem implementadas em larga escala. No caso presente, parece que um erro não detectado resultou na paralisação de sistemas essenciais”, comentou Sousa.

Medidas de Mitigação

A Microsoft já está trabalhando para corrigir os sistemas afetados. No entanto, Dellano Sousa enfatiza que a prevenção é sempre melhor do que a remediação. “As empresas devem investir continuamente em testes de segurança, backups regulares e estratégias de resposta a incidentes para mitigar os danos em casos de falhas”, sugeriu Dellano.

Este apagão cibernético serve como um alerta para a necessidade de aprimoramento constante das práticas de segurança cibernética. Dellano Sousa conclui com uma reflexão sobre a importância da resiliência digital: “em um mundo cada vez mais digitalizado, a segurança cibernética deve ser uma prioridade máxima para proteger infraestruturas críticas e garantir a continuidade dos serviços essenciais”.