A juíza Maria José Bentes Pinto, da 4ª Unidade do Juizado Especial Cível da Comarca de Fortaleza, marcou para o dia 18 de março, às 14h40, por meio de videoconferência, audiência de conciliação de ação ajuizada pelo deputado federal do Ceará, Capitão Wagner, contra o ex-governador Ciro Gomes acusado de calúnia, injúria e difamação.
De acordo com a ação, ajuizada no dia 19 de março de 2020, o Capitão Wagner juntamente com outros dois parlamentares, deputado Capitão Alberto Neto (AM) e deputada Major Fabiana (RJ), foram até Fortaleza no dia 19 de fevereiro de 2020, com o objetivo de ajudar a solucionar o problema da segurança pública, pois a Polícia Militar havia deflagrado greve.
Já no dia 20 de fevereiro de 2020, o deputado federal relatou que Ciro Gomes concedeu, na saída do Hospital Monte Klinikum, uma entrevista coletiva a alguns jornalistas, na qual o mesmo teria desferido ataques contra a sua honra no momento em que afirmou que: “Nada, mais nada menos do que ontem, uma deputada federal ligada a milícia do Rio de Janeiro estava aqui no Ceará, acompanhando o canalha daqui, que é o miliciano daqui”.
"Ao se referir mais uma vez a deputada federal, o promovido fala que ela estava acompanhando o 'Canalha daqui, que é o miliciano daqui'. Como falado anteriormente, a comitiva era composta pelos deputados Capitão Alberto Neto, do Amazonas, da Major Fabiana, do Rio de Janeiro, e pelo promovente, único integrante que é daqui, do Estado do Ceará”, afirmou o deputado no processo.
Para Wagner, Ciro Gomes o caluniou, difamou e injuriou ao atribuir a ele a alcunha de “canalha” e acusando-o de ser “miliciano”. “É de suma importância salientar que tal comportamento por parte do promovido é repetitivo, tendo em vista que o mesmo já atribuiu ao promovente ligações com uma chacina no Estado do Ceará, já xingou e o ameaçou, afirmando até mesmo que iria 'passar por cima desse vagabundo', há alguns anos em entrevista concedida a uma rádio de Sobral/CE, que ensejou também uma ação penal, que tramita atualmente na comarca da supracitada cidade”, completou.
Consta ainda que o deputado alegou que a declaração de Ciro Gomes teve uma grande repercussão na mídia falada e escrita tomando proporções grandiosas, trazendo prejuízos para a honra e reputação do autor e sua família, além do mais o comprometimento da sua credibilidade perante o povo que o elegeu.
Ao final, o deputado optou pela realização de audiência conciliatória e pediu que seja julgado procedente pedido para condenar Ciro Gomes ao pagamento de valor não inferior a R$ 30.000,00 a título de reparação por danos morais.
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