Durante sua participação no podcast Flow, na sexta-feira (7), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, criticou as recentes medidas tarifárias adotadas pelo presidente americano, Donald Trump, e apontou uma contradição com a política brasileira de redução de impostos sobre alimentos. Segundo Haddad, o apoio de Jair Bolsonaro a Trump entra em conflito com essas medidas, já que Trump, ao taxar importações, adota uma postura protecionista, enquanto o governo Lula busca aliviar impostos sobre produtos essenciais.
Haddad afirmou: "O Trump está lá, taxando. Você vê que coisa, né? O cara que o Bolsonaro apoia nos Estados Unidos tá querendo taxar o mundo inteiro e o Lula acabou de anunciar redução do imposto sobre alimentos."

Em resposta, o ex-presidente Bolsonaro usou as redes sociais no sábado (8) para rebater a fala de Haddad. Ele argumentou que as tarifas de Trump não afetam o próprio povo dos Estados Unidos, mas sim os outros países. "Alguém avisa ao Haddad que o Donald Trump está taxando os outros, não o próprio povo", disse Bolsonaro, sugerindo que o presidente Lula procurasse Trump e o empresário Elon Musk para discutir as tarifas, além de outros temas, como os 37 acordos assinados com a China.
As novas tarifas dos EUA, que começaram a valer em 4 de março, têm como objetivo proteger a indústria americana e equilibrar o comércio exterior. As principais medidas incluem uma taxa de 25% sobre importações do Canadá e do México (exceto para energia canadense, que será tarifada em 10%) e uma taxa de 20% sobre importações da China, com um impacto estimado de US$ 1,5 trilhão em importações anuais.
Além disso, Bolsonaro criticou a retomada da exigência de visto para turistas norte-americanos entrarem no Brasil, destacando que a medida poderia prejudicar o turismo e reduzir a entrada de divisas no país.
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