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Antes da votação, Zanin chama Bolsonaro e denunciados de réus

A Primeira Turma da Corte ainda não havia decidido se aceitaria a denúncia apresentada pela PGR.

Durante a sessão da manhã desta terça-feira (25), o presidente da 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Cristiano Zanin, chamou o ex-presidente Jair Bolsonaro e os demais sete acusados de tentativa de golpe de Estado de "réus". No entanto, a Corte ainda não havia decidido se aceitaria a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

"A turma, por unanimidade, resolveu a questão de ordem suscitada pelo doutor Celso Sanchez Vilardi, advogado do denunciado Jair Messias Bolsonaro, no sentido de indeferir que o colaborador Mauro César Cid se manifeste antes dos demais réus... Denunciados, desculpa, neste momento processual", declarou Zanin.

Foto: Gustavo Moreno/SCO/STFMinistro Cristiano Zanin
Ministro Cristiano Zanin

O comentário gerou reações imediatas. A deputada Carol De Toni (PL-SC), líder da minoria na Câmara, compartilhou o trecho da fala nas redes sociais e questionou: "Apenas um equívoco ou um presságio da votação que acontecerá após o intervalo?"

A denúncia da PGR aponta Bolsonaro e outros envolvidos como responsáveis por uma suposta tentativa de golpe de Estado. Eles são acusados pelos seguintes crimes: Golpe de Estado; Abolição violenta do Estado Democrático de Direito; Organização criminosa armada; Dano qualificado; Deterioração de patrimônio tombado. Defesa nega envolvimento de Bolsonaro

O advogado de Bolsonaro, Celso Vilardi, negou qualquer participação do ex-presidente em um plano golpista e criticou a acusação da PGR. "Bolsonaro foi o presidente mais investigado da história do país e, mesmo assim, não foi encontrado absolutamente nada contra ele", afirmou Vilardi durante sua sustentação oral na 1ª Turma do STF.

O advogado também rebateu as declarações do procurador-geral da República, Paulo Gonet, que mencionou um suposto plano chamado "Punhal Verde-Amarelo", que teria sido articulado por aliados de Bolsonaro.

"Se houvesse uma única mensagem comprovando que ele tinha relação com o 'Punhal Verde-Amarelo', com a 'Operação Coneca' ou com a 'Copa 22', isso estaria nos autos. Mas não há nada", argumentou Vilardi.

A 1ª Turma do STF ainda deve votar se aceita ou não a denúncia da PGR, o que pode transformar Bolsonaro e os demais acusados oficialmente em réus no caso.

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