A Polícia Civil do Rio de Janeiro deu mais detalhes sobre o suposto esquema de fraudes liderado pela ex-mulher do fundador da Embelleze, Monique Elias. Ela é suspeita de manipular e desviar dinheiro do empresário Itamar Serpa Fernandes, morto em 2023, beneficiando seu filho e o ex-amante.
Conforme as investigações, Monique utilizou uma identidade fictícia, chamada “Jéssica Ferrer", para influenciar decisões pessoais e comerciais do ex-marido. De acordo com a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), Monique, seu filho João Carlos Elias e seu ex-amante, Matheus Palheiras, foram indiciados por estelionato, furto mediante fraude e associação criminosa. Além disso, ela também é investigada por lavagem de dinheiro.

Como funcionava
A fraude teria começado em 2012, quando Monique passou a enviar e-mails para Itamar através de uma conta fake, se passando por uma mulher de nome Jéssica Ferrer. As mensagens incentivavam o empresário a se afastar de familiares e aliados.
Com a influência das mensagens, Itamar formalizou o divórcio de sua ex-esposa em 2013 e se casou com Monique pouco depois. A partir daí, ela teria utilizado a mesma estratégia para interferir na gestão da Embelleze, afastando o filho de Itamar da empresa, Jomar Fernandes, e favorecendo seu próprio filho, João Carlos.
A polícia identificou que os e-mails enviados por "Jéssica Ferrer" foram acessados a partir de dispositivos e IPs ligados a Monique.
Ainda de acordo com a polícia, entre 2019 e 2023, Monique se separou do empresário e assumiu um relacionamento com Matheus Palheiras, com quem tinha um caso, mas continuou manipulando o empresário. Nesse período, mais de R$ 6 milhões foram transferidos para Monique, João Carlos e também para Matheus.
Além disso, Itamar alterou seu testamento para beneficiar Monique e seu filho, em detrimento de seus herdeiros diretos. Também foram descobertas apólices de seguro de vida no valor de R$ 28 milhões em favor da influencer.
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