Francielle Barroso
O pastor Silas Malafaia, responsável pela organização do ato em favor da anistia aos presos dos eventos de 8 de janeiro de 2023, fez duras críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), durante discurso neste domingo (16), na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. O líder religioso chamou o magistrado de “criminoso” e “ditador”.
"Vamos às provas", afirmou Malafaia. "Há quase seis anos, Moraes passou a presidir o Inquérito das Fake News. Esse inquérito é imoral e ilegal, pois não envolve a participação do Ministério Público. Alexandre de Moraes institui o crime de opinião. Ele ignora o artigo 5, inciso 4, da Constituição, que trata da liberdade de expressão, e impõe a censura".
O pastor acusou o ministro de cometer uma “sequência de crimes”, citando o bloqueio de redes sociais de políticos e a prisão de pessoas com base em suas opiniões. “Tem gente exilada por opinião”, destacou. "Essa é uma sequência de crimes desse ditador."
Defesa da anistia aos presos do 8 de janeiro
Em seu discurso, Malafaia também abordou as recentes decisões de Moraes envolvendo o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, acusando o ministro de pressionar Cid a colaborar com as investigações. "O Brasil viu o que Alexandre de Moraes fez com o coronel Cid: 'Olha, já tem uma ordem de prisão contra você; se você não atender o que a gente está falando, a tua família, tua mulher e tua filha, nós vamos continuar o processo'. Isso também é abuso de autoridade", afirmou Malafaia.
Além disso, o pastor reiterou seu apoio aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro. "Não existe golpe contra prédios", disse. "É dano ao patrimônio público. Golpe é para quem está no poder. Lula estava livre e solto em Araraquara, ninguém tentou nada contra o presidente. Como é que Bolsonaro é colocado no inquérito de golpe, se estava nos EUA? Pato Donald, Mickey, Tio Patinhas? Bolsonaro estava na América. Pergunto: Cadê as conexões? Onde estão as provas de que Bolsonaro estava na América comandando essas pessoas?", questionou o líder religioso.
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