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Mulher que escreveu "perdeu, mané" em estátua do STF está em prisão preventiva há quase 2 anos

Débora dos Santos foi detida em 17 de março de 2023, e ficou 12 meses na cadeia mesmo sem denúncia.

A cabeleireira paulista Débora Rodrigues dos Santos, de 39 anos, conhecida por ter escrito a frase “perdeu, mané” com batom na estátua do Supremo Tribunal Federal (STF), vai completar dois anos em prisão preventiva na próxima semana. Ela foi detida em 17 de março de 2023 pela Polícia Federal (PF), em uma operação que mirou pessoas que participaram dos atos do 8 de janeiro na Praça dos Três Poderes, em Brasília.

Débora dos Santos ficou presa por um ano, mesmo sem a apresentação de nenhuma denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra ela. Apenas no dia 7 de julho de 2024 o órgão se manifestou sobre o processo envolvendo a cabeleireira, ocasião em que formalizou a acusação.

Cerca de dois meses depois, em 9 de agosto, a paulista se tornou ré, após a 1ª Turma do STF receber a denúncia contra ela. Recentemente, os advogados de Débora apresentaram as alegações finais. Caso seja condenada, a cabeleireira pode ser sentenciada a até 17 anos de prisão.

Embora ainda não tenha data para que seja julgada, ela ainda é submetida à prisão preventiva, mesmo com os pedidos da defesa para que seja concedida a prisão domiciliar para Débora dos Santos, que é mãe de duas crianças menores de 10 anos. Os pedidos, entretanto, são constantemente negados pelo relator do processo, o ministro Alexandre de Moraes, sob o pretexto de que ela apresenta “periculosidade social”.

Quem é Débora dos Santos

Natural de Paulínia, Débora dos Santos é cabeleireira e casa com o pintor Nilton Cesar, e mãe de duas crianças, uma com 6 anos e outra com 9 anos. Ela também é religiosa, e costumava frequentar a Igreja Adventista do 7ª Dia antes de ser presa.

Ano passado, os filhos dela fizeram um vídeo em que pediam a soltura da mãe. O registro foi compartilhado por parlamentares da oposição, em que alguns deputados federais, como Gustavo Gayer (PL-GO) e Bia Kicis (PL-DF), se manifestaram em apoio à Débora. “Todos vão pagar por isso”, disse Gayer.

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