O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, atribuiu nessa sexta-feira (07), ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a alta nos preços dos combustíveis e dos alimentos no Brasil. Segundo ele, a eleição de Trump elevou o dólar, impactando diretamente o custo desses produtos no país.
"Depois da eleição do Trump, teve uma disparada no dólar, e a gente exporta gasolina e diesel, e isso tem um reflexo nos preços", afirmou o ministro. No entanto, Haddad disse acreditar que, com a recente queda do dólar, a pressão sobre os preços pode ser aliviada.
![Lula e Fernando Haddad](/media/image_bank/2024/7/lula-e-fernando-haddadnone_IHTXLVd.jpg.1200x0_q95_crop.webp)
Na semana passada, o presidente Lula também comentou sobre a alta nos preços dos alimentos, sugerindo que o uso da soja para biodiesel e do milho para etanol poderia estar contribuindo para o aumento. Ele afirmou que pretende convocar empresários do setor para entender melhor o motivo do encarecimento do óleo de soja, que, segundo ele, custava R$ 4 no início de seu governo e agora está em R$ 10.
Por outro lado, em entrevista à Folha de S. Paulo, Júlio César Minelli, diretor-superintendente da Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (Aprobio), discordou da análise de Lula. Segundo ele, "o presidente recebeu informações atravessadas e as colocou sem maior reflexão, mas tenho certeza de que as informações corretas já devem ter chegado a ele".
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