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TCU autoriza auditoria ‘urgente’ no fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil

O ministro Walton Alencar Rodrigues, responsável pelo requerimento, expressou "gravíssimas preocupações".

O Tribunal de Contas da União (TCU) autorizou, nesta quarta-feira (5), a abertura de uma auditoria urgente sobre a gestão da Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ). A decisão foi divulgada pelo jornal O Estado de S.Paulo.

O ministro Walton Alencar Rodrigues, responsável pelo requerimento, expressou "gravíssimas preocupações". Segundo ele, entre janeiro e novembro de 2024, o “Plano 1” da Previ acumulou um prejuízo aproximado de R$ 14 bilhões. Em relação aos investimentos do plano, o ministro ressaltou que o rendimento foi de apenas 1,58% durante o ano de 2024.


Foto: Marcelo Cardoso/GP1Banco do Brasil, da Avenida Barão de Gurgueia
Banco do Brasil

"O fato é extremamente sério e eleva os riscos para os segurados do Banco do Brasil", afirmou Rodrigues. "Em comparação com os anos anteriores, o desempenho atual dos planos da Previ foi pífio, com uma performance substancialmente menor em quase todas as categorias de investimentos, como renda fixa, renda variável, ativos imobiliários e investimentos estruturados."

Alencar Rodrigues também alertou para uma “situação de inequívoco risco” para todos os beneficiários do plano, sugerindo que “sérios problemas de gestão” podem estar afetando a entidade. Um despacho foi encaminhado à Secretaria Geral de Controle Externo para iniciar a coleta de informações sobre o caso.

O ministro enfatizou que há uma perspectiva de “danos graves” para o Banco do Brasil, uma sociedade de economia mista controlada pela União, que, em caráter extraordinário, poderia ser obrigada a contribuir de forma paritária com os segurados.

Em contrapartida, fontes da Previ, que falaram sob anonimato, negaram ao Estadão a possibilidade de equacionamento das perdas – o que significaria "zerar" os prejuízos – ou de contribuições extraordinárias. Segundo elas, os planos continuam sólidos. Em resposta, o Banco do Brasil orientou o jornal a entrar em contato diretamente com a Previ para mais esclarecimentos.

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