A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) protocolou nessa quarta-feira (12) um pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para ter acesso a todas as provas coletadas pela Polícia Federal (PF) na investigação sobre a suposta tentativa de golpe de Estado. No caso, Bolsonaro e outras 39 pessoas foram indiciados. De acordo com o advogado Celso Vilardi, que representa Bolsonaro, a defesa recebeu no dia 3 de fevereiro um HD externo contendo a cópia integral do processo principal e seus apensos, incluindo todas as mídias associadas.
O arquivo possui um total de 111.176 arquivos organizados em 3.412 pastas. No entanto, o advogado destacou que esse material é incompleto, pois inclui apenas o espelhamento de sete celulares apreendidos com investigados, sem abranger todas as provas utilizadas na investigação. Celso Vilardi afirmou que o relatório final da PF se baseia em dados extraídos de mais de trinta celulares, além de computadores, tablets e outras mídias de armazenamento.
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O advogado ressaltou que o acesso completo às provas é fundamental, principalmente em vista da possibilidade de apresentação de denúncia pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Ele mencionou que o conjunto de provas reunido pela PF, que inclui diversas apreensões e quebras de sigilo, é "gigantesco" e, por isso, é essencial que a defesa tenha acesso integral a todos os elementos. "Na eventualidade de oferecimento de denúncia, resta claro que o conjunto de elementos reunidos com diferentes quebras de sigilo, apreensões e outras diligências pode ser descrito como gigantesco", enfatizou.
Bolsonaro nega qualquer irregularidade nas alegações e continua a manter sua versão sobre os fatos. A investigação segue em andamento.
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