Nessa segunda-feira (10), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que governar para uma parcela reduzida da população rica evitaria o “buraco nas contas públicas”, já que a gestão gastaria menos e receberia mais, ironizando assim as críticas sobre o déficit fiscal. “Apenas para 35% da população. Aí a gente não tinha problema de Orçamento. A gente não teria problema de déficit fiscal, porque é governar para menos gente, e gente com mais dinheiro”, disse o petista.
Um estudo da Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira do Congresso Nacional (Conof) alerta para um cenário fiscal preocupante para o governo Lula, onde prevê dificuldades orçamentárias substanciais a partir de 2027. Esses custos são essenciais para investimentos e manutenção da máquina pública, contudo, podem atingir níveis negativos ao longo da próxima década.
![Presidente Luiz Inácio Lula da Silva](/media/image_bank/2024/10/presidente-luiz-inacio-lula-da-silvanone.jpg.1200x0_q95_crop.webp)
Embora haja previsão de medidas de contenção para 2025, o agravamento se torna evidente e despesas obrigatórias, como previdência e emendas parlamentares, vão consumir quase todo o Orçamento. “A situação discricionária do Orçamento federal já pode ser avaliada como crítica, especialmente a partir de 2027”, afirma o relatório da Conof.
Nesse contexto, o governo poderá enfrentar crescentes desafios para manter o funcionamento básico da administração pública. O relatório mostra que o espaço fiscal para gastos discricionários livres deverá ter drástica redução, podendo atingir valores negativos já em 2029. Esse cenário pode levar a cortes emergenciais e paralisação de serviços.
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