Na sexta-feira (31), o presidente dos Correios, Fabiano Silva dos Santos, afirmou que o déficit da estatal está diretamente relacionado à taxa popularmente conhecida como "taxa das blusinhas", imposta pelo Governo Lula.
Fabiano Silva destacou que o valor de R$ 3,2 bilhões é um resultado preliminar e que o balanço consolidado só será conhecido em março, mas a tendência é que a estimativa se confirme. Ele também ressaltou que a estatal já adota medidas para equilibrar as contas.
Entre as ações em andamento para tornar a empresa mais lucrativa, o presidente citou corte de gastos, revisão de contratos e novas contratações por meio de concurso público. Além disso, a estatal busca expandir sua atuação em novas áreas do mercado nacional, especialmente no setor logístico.
Contudo, a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, negou que a empresa tenha sofrido um rombo financeiro e afirmou que o resultado fiscal divulgado não impacta os cofres públicos.
"É muito importante lembrar que não há rombo. Das 11 empresas com déficit que foram divulgadas hoje, nove têm lucro. Além disso, o Tesouro não vai arcar com isso", enfatizou a ministra. "Essa é a preocupação do presidente: se as empresas estão tendo lucro ou prejuízo. O déficit ou superávit é fluxo de caixa, e essa é outra discussão. Não impacta a dívida pública", acrescentou.
Déficit
Na quinta-feira (30), o Ministério da Gestão e Inovação divulgou dados apontando os Correios como a estatal com o maior saldo negativo do ano, registrando um déficit de R$ 3,2 bilhões. Em segundo lugar, aparece a Empresa Gerencial de Projetos Navais (Emgepron), com prejuízo de R$ 1,9 bilhão.
Ao todo, as estatais federais incluídas na meta fiscal acumulam um déficit de R$ 4,04 bilhões em 2024. O levantamento não considera a Petrobras e os bancos estatais, pois leva em conta apenas as empresas abrangidas pela meta fiscal.
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