Uma cliente de 35 anos, da rede de lojas Magazine Luiza (Magalu), acusa a empresa de racismo após receber um e-mail com o termo “macaca”. O caso ocorreu no dia 5 de janeiro, em São Paulo, e a cliente, identificada como Susan Sena, registrou um boletim de ocorrência por injúria racial. A situação ganhou visibilidade nas redes sociais, onde Susan compartilhou detalhes do ocorrido.
Segundo relato de Susan, a ofensa foi recebida após a atualização de seus dados cadastrais durante uma compra pelo aplicativo da empresa. Ela afirma que o termo racista estava no campo “apelido” de seu cadastro e que a empresa não o removeu ao migrar os dados para um novo sistema em 2015. A cliente alega que o apelido foi inserido por um atendente na época.
A Magazine Luiza, em nota, lamenta o ocorrido e reafirma seu compromisso contra preconceito e discriminação. A empresa afirma que o processo de biometria facial, realizado por Susan, é 100% digital, sem interação humana, e que as mensagens de confirmação são enviadas automaticamente. Magalu também informou que removeu o campo “apelido” dos formulários cadastrais e adotou uma lista de palavras inapropriadas para prevenir novos casos.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) confirmou que o caso foi registrado no 50° Distrito Policial (Itaim Paulista) como injúria racial e que a polícia está investigando para identificar os responsáveis. A repercussão do caso nas redes sociais tem gerado grande indignação e debates sobre racismo e discriminação.
Confira nota na íntegra
A Magalu lamenta profundamente os constrangimentos sofridos pela cliente e reforça seu compromisso com o combate a qualquer tipo de preconceito ou discriminação. A empresa esclarece que o fato ocorrido nada tem a ver com o processo de biometria realizado pela cliente – essa operação é feita de forma 100% digital, sem qualquer interação humana. O mesmo acontece com as mensagens de confirmação enviadas pela Magalu para os consumidores.
O cadastro original da cliente foi realizado em 2011, de forma online. Para evitar que casos semelhantes se repitam, a companhia já excluiu o campo “apelido” de seus formulários cadastrais e adotou uma lista de palavras inapropriadas, que passarão a ser vetadas no momento do preenchimento do cadastro.
A Magalu é referência em políticas de diversidade e inclusão e promove, de forma sistemática, ações de conscientização de seus funcionários a respeito desses temas. A empresa tem, atualmente, metade do seu quadro de colaboradores formado por profissionais negros, que ocupam 55% dos postos de liderança.
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