As agências reguladoras do Brasil gastaram mais de R$ 5,6 milhões em viagens internacionais em 2024, conforme informações do portal Metrópoles, se destacando a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que liderou o ranking com R$ 1,2 milhão. Somente o diretor-presidente, Antonio Barra Torres, gastou R$ 632 mil em passagens e diárias, visitando 12 destinos, entre eles Lisboa, Coimbra, Havana, Assunção, Washington, San Diego, Irvine, Silver Spring, Basileia, Genebra, Cidade do México, Nova Delhi e Beijing.
Em seguida, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) aparece com R$ 772 mil. O presidente, Rafael Vitale, esteve fora por 45 dias, o que resultou no custo de R$ 134,5 mil. A empresa, que criticou os cortes no orçamento, relatou demissões de trabalhadores terceirizados. Na ocasião, após um corte adicional em agosto, a agência declarou que a medida colocava em risco o funcionamento das atividades, contudo, rês viagens de Vitale ocorreram depois desse período.
Em terceiro lugar na lista encontra-se a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) que gastou R$ 746,2 mil. A companhia justificou que a lei 9.472/97 lhe confere o papel de representar o Brasil em fóruns internacionais de telecomunicações. A agência também economizou R$ 20 milhões em 2024, mesmo com os esforços de contenção de gastos.
Outras agências, como a Antaq, destacaram que as viagens em questão são realizadas a fim de promover o intercâmbio de conhecimentos e alinhar práticas regulatórias às melhores referências globais. Já a Agência Nacional do Petróleo (ANP) destacou medidas para reduzir despesas devido aos cortes e a Aneel informou que reduziu em 42% os gastos com viagens internacionais em 2024, comparado a 2023.
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