O Banco Original, controlado pela J&F Participações e ligado à família Batista, aprovou um financiamento de R$ 328 milhões para o Grupo Petrópolis, proprietário das marcas Itaipava e Petra. A operação foi anunciada pelo jornal Valor Econômico e ocorre no modelo “devedor em posse”, do inglês devedor-in-possession (DIP).
O modelo DIP é comumente utilizado por empresas em processos de recuperação judicial, como o Grupo Petrópolis. Essa modalidade permite que a companhia obtenha recursos necessários para reestruturar suas dívidas sem interromper suas atividades. A transação pode envolver investidores externos, credores ou até mesmo os acionistas da empresa.
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De acordo com o Valor Econômico, as vendas do Grupo Petrópolis sofreram uma queda de 35% entre janeiro e setembro do ano passado. Esse desempenho negativo resultou em um prejuízo de R$ 933 milhões, e o total de perdas da companhia ultrapassou R$ 1 bilhão no mesmo período.
No contexto da recuperação judicial, o Grupo Petrópolis explicou que o valor captado com o DIP será utilizado principalmente para quitar subsídios, como as debêntures emitidas anteriormente.
O Grupo Petrópolis reforçou que o modelo DIP está amparado pela legislação brasileira, e essa iniciativa será essencial para que a empresa possa honrar seus compromissos financeiros. A operação está sendo acompanhada de perto, especialmente após rumores de que a JBS estaria negociando a compra de 50% do Grupo Petrópolis, embora a empresa ainda não tenha confirmado essa informação.
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