A Polícia Federal (PF) desarticulou, na manhã desta terça-feira (21), um esquema que manipulava o sistema de agendamentos médicos do Sistema Único de Saúde (SUS) para fins eleitorais. Denominada “Operação Saúde Eleitoral”, a ação foi realizada simultaneamente em Brasília e no município de Queimados, na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro.
Ao todo, foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão. A Justiça também determinou o bloqueio de bens e valores incompatíveis com a renda dos investigados, além do afastamento de servidores públicos suspeitos de envolvimento no esquema.
De acordo com a PF, o grupo utilizava o Sistema Nacional de Regulação (SisReg) para capturar vagas de consultas médicas destinadas à população. Essas vagas eram, então, utilizadas como moeda de troca por votos durante campanhas eleitorais.
Os investigados poderão responder pelos crimes de organização criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informação e corrupção eleitoral, que, juntos, podem resultar em penas de até 24 anos de prisão. Além disso, o sequestro de bens busca assegurar o ressarcimento dos prejuízos causados aos cofres públicos e ao sistema de saúde.
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