A ONG “Me Too Brasil”, responsável por divulgar denúncias de assédio sexual contra o ex-ministro Silvio Almeida, tem uma jovem como gestora. Trata-se de Marina Ganzarolli, de 38 anos e que costuma se apresentar como “advogada, sapatona e feminista, que atende mulheres e LGBTs vítimas de violência”.
Presidente e fundadora da ONG, Marina divide opiniões no campo da esquerda desde quando tornou o escândalo público na grande imprensa, no dia 05 de setembro. “Ganza”, como também é conhecida, e sua entidade são acusadas de tentar interferir no ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (ex-pasta de Silvio), de utilizar denúncias anônimas de forma antiética e de atender a interesses do “imperialismo estadunidense”.
Ela tornou-se referência no tema da violência de gênero ainda jovem, quando começou a atender vítimas de agressões domésticas na época em que era estudante e da sanção da Lei Maria da Penha. No mesmo perído, lançou, com algumas colegas da USP, o Coletivo Dandara, definido como “o primeiro grupo feminista de uma faculdade de Direito do Brasil”.
Até 2024, presidiu a Comissão de Diversidade Sexual e de Gênero da OAB de São Paulo, fundou a Rede Feminista de Juristas e ingressou no grupo Prerrogativas, formado principalmente por advogados e juristas progressistas (e do qual Silvio Almeida e Anielle Franco também fazem parte).
Embate entre a ONG e Silvio Almeida
No primeiro vídeo publicado por Silvio Almeida após as denúncias, o ex-ministro usou os canais oficiais do ministério para afirmar que as acusações decorrem de uma tentativa frustrada de interferência da ONG em um processo de licitação.
Segundo o comunicado emitido pela pasta, a entidade solicitou mudanças no formato da concorrência para a gestão do Disque 100 (serviço gratuito do governo voltado para denúncias de violações dos direitos humanos), porém não foi atendida.
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