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PF ouve vítima de assédio de Silvio Almeida e caso será levado ao STF

Investigadores decidiram levar o caso ao Supremo antes de abrir o inquérito para evitar questionamentos.

A Polícia Federal (PF) ouviu uma mulher que afirma ter sido vítima de assédio sexual do ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida. O depoimento foi prestado no âmbito de uma apuração preliminar aberta pela PF após as acusações contra ele virem à tona. A investigação deve ser enviada nesta quarta-feira (11) ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que a corte decida se tem competência para julgar o caso.

Os investigadores decidiram remeter o caso ao Supremo antes de abrir o inquérito para evitar questionamentos à investigação e tentativas de anulá-la no futuro. Silvio Almeida foi demitido na sexta-feira (6) após as acusações de assédio sexual. A organização Me Too Brasil informou que recebeu relatos e prestou auxílio às denunciantes.


Foto: Davi Fernandes/GP1Silvio Almeida
Silvio Almeida

Segundo o site Metrópoles, uma das vítimas seria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. No entanto, ela não foi a pessoa que prestou depoimento aos investigadores. A PF questionou a ONG Me Too sobre os relatos, mas ainda não obteve respostas. Após o episódio vir à tona, o presidente Lula determinou que outros auxiliares ouvissem Anielle, que confirmou ter sofrido assédio do ex-ministro.

Lula mandou o ex-ministro prestar esclarecimentos à Controladoria-Geral da União (CGU) e à Advocacia-Geral da União (AGU). Silvio Almeida negou ter cometido o crime, mas sua permanência à frente da pasta de Direitos Humanos foi considerada insustentável pelo presidente. O ex-ministro divulgou posicionamentos em que negou ter cometido assédio sexual.

Lula e a primeira-dama, Rosângela Lula da Silva, souberam da acusação de assédio à ministra Anielle Franco pelo menos sete dias antes de ela ser publicada pelo Metrópoles. O caso não foi adiante porque Anielle não quis formalizar a denúncia. Após a demissão de Silvio, ela afirmou nas redes sociais que “tentativas de culpabilizar, desqualificar, constranger ou pressionar vítimas a falar em momentos de dor e vulnerabilidade também não cabem, pois só alimentam o ciclo de violência”.

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