A Starlink, empresa responsável pela venda de serviços de internet por satélite que pertence ao bilionário Elon Musk, se manifestou nesta quinta-feira (29) sobre a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, em bloquear as contas da empresa no Brasil. Em publicação através das redes sociais, a Starlink chamou as determinações do magistrado de “inconstitucionais”.
Na última semana, a rede social X, empresa que também pertence ao magnata, encerrou suas atividades no Brasil. Com isso, Moraes determinou o bloqueio de valores financeiros da Starlink. A medida foi tomada, conforme o ministro, para garantir que as multas aplicadas pela Justiça Brasileira contra a rede social sejam quitadas.
Earlier this week we received an order from Brazil’s Supreme Court Justice @alexandre de Moraes that freezes Starlink’s finances and prevents Starlink from conducting financial transactions in that country
— Starlink (@Starlink) August 29, 2024
Segundo manifestação publicada nas redes sociais, a ação do magistrado é “infundada”. “Esta ordem é baseada em uma determinação infundada de que a Starlink deve ser responsável pelas multas cobradas – inconstitucionalmente – contra X, uma empresa que não é afiliada à Starlink. Foi emitido em segredo e sem dar à Starlink nenhum dos devidos processos legais garantidos pela Constituição do Brasil. Pretendemos abordar o assunto legalmente”, diz trecho da nota emitida pela empresa.
Outra ordem do magistrado, emitida no início desta semana, também é alvo de crítica. Nela, Alexandre de Moraes determinou o congelamento das finanças da Starlink, além do impedimento para realizar transações financeiras no país. Mesmo diante das ordens judiciais, a empresa atestou que está empenhada em dar continuidade a prestação de serviços aos usuários brasileiros.
“Embora este pedido ilegal possa afetar a nossa capacidade de receber o seu pagamento mensal, você não precisa tomar nenhuma medida neste momento. A Starlink está comprometida em defender seus direitos protegidos por sua Constituição e continuará prestando serviços a você gratuitamente, se necessário, enquanto abordamos esse assunto por meios legais”, continuou a empresa.
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