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PF prende ex-diretor da Petrobras dos Governos Lula e Dilma no RJ

Ele foi encontrado em casa no bairro Niterói após trabalho de inteligência do Núcleo de Capturas da PF.

A Polícia Federal prendeu na manhã deste sábado (17) Renato Duque, ex-diretor de serviços da Petrobras entre 2003 e 2012, em Volta Redonda, no Sul do Rio de Janeiro. Duque, condenado a 39 anos de prisão por corrupção passiva, associação criminosa e lavagem de dinheiro, estava foragido desde que a Justiça Federal de Curitiba expediu seu mandado de prisão em 18 de julho. Ele foi encontrado em casa no bairro Niterói após um trabalho de inteligência do Núcleo de Capturas da PF no Rio de Janeiro.

Renato Duque, de 69 anos, já havia sido procurado em Curitiba e tinha informado à Justiça um endereço no Rio de Janeiro. Após os procedimentos legais, ele foi encaminhado ao sistema prisional do estado, onde permanecerá à disposição da Justiça. Em março de 2020, Duque colocou tornozeleira eletrônica e deixou a prisão no Paraná rumo ao Rio de Janeiro, após cumprir cinco anos de prisão devido às investigações e condenações da Operação Lava Jato.


A primeira condenação de Duque ocorreu em 2015, durante a 10ª fase da Lava Jato, quando foi sentenciado a 20 anos e 8 meses por associação criminosa. Em menos de um ano, ele foi novamente condenado, desta vez por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, recebendo uma pena de 20 anos, 3 meses e 10 dias. O então juiz Sergio Moro afirmou que houve pagamento de propina a funcionários da Petrobras para financiamento político.

Renato Duque foi um dos principais alvos das investigações da Lava Jato, que revelaram um esquema de corrupção na diretoria de Serviços da Petrobras. Segundo o Ministério Público Federal, o esquema permitiu o desvio de recursos públicos em obras de refinarias, gasodutos e outros contratos. As investigações apontaram que diretores da Petrobras pediam propina para garantir vantagens nesses contratos, e Duque teria recebido esses valores.

Ao todo, Duque foi condenado em pelo menos 12 processos na primeira instância, sempre por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Entre as condenações estão penas de 20 anos e 8 meses em setembro de 2015, 20 anos, 3 meses e 10 dias em março de 2016, e outras sentenças que variam de 2 anos e 8 meses a 10 anos de prisão. Mesmo após ser liberado em março de 2020 para responder aos processos em liberdade, Duque ficou sujeito a medidas restritivas, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de manter contato com outros investigados na Lava Jato.

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