Carolina Matta
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, negou a devolução do passaporte ao major da reserva do Exército Angelo Martins Denicoli, investigado pela Polícia Federal por suposta tentativa de golpe.
Desde janeiro de 2024, o major cumpre medidas cautelares, que envolve a entrega do passaporte à Justiça. Por conta disso, a defesa pediu à Suprema Corte que o documento fosse devolvido para que Angelo Denicoli viajasse com sua família para o Chile, entre os dias 12 a 21 de julho.
O pedido logo foi recusado por Moraes, que reforçou a necessidade do cumprimento de medidas cautelares por parte do investigado, especialmente porque “a investigação ainda está em curso e a PF não apresentou relatório conclusivo”.
“Cabe ao requerente [Angelo Martins Denicoli] adequar suas atividades às medidas cautelares determinadas e não o contrário”, diz trecho da decisão do ministro.
O major Denicoli era assessor especial da Prodesp, uma empresa de tecnologia responsável pelos dados do Estado de São Paulo. No entanto, ele foi afastado do cargo após a PF deflagrar a operação Tempus Veritatis, que apura uma suposta tentativa de golpe, que também teve como alvo aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
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