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Governo Lula e Judiciário tentam liberar plantio de maconha à revelia do Congresso

Vários especialistas alertam para os riscos que a liberação traz para a saúde e segurança pública.

O Ministério da Justiça, por meio do Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas (Conad), está em fase final na elaboração de decreto que legaliza o plantio da maconha. A iniciativa do governo Lula e Poder Judiciário tem ignorado críticas de entidades que apontam os riscos do cultivo da planta para a saúde e segurança pública.

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) também resolveu dar prosseguimento à ação proposta pela empresa DNA Soluções em Biotecnologia, interessada no plantio para uso comercial. Durante audiência pública realizada na Corte, grande parte dos expositores de mostraram a favor da prática, embora seja contrária ao previsto na legislação brasileira.


Foto: Reprodução/TwitterJuiz, determina cancelamento de demissão por justa causa de funcionária com maconha no trabalho
Juiz, determina cancelamento de demissão por justa causa de funcionária com maconha no trabalho

Essa negociação para ser liberado o cultivo da planta parte especialmente das empresas que pretendem comercializar produtos feitos a partir da cannabis, um mercado bilionário. Segundo especialistas, o principal risco dessa prática é a dificuldade para fiscalização dos lugares que irão fazer o plantio, além de uma menor rigidez sobre prescrição médica de produtos à base da cannabis.

Perigos

Embora alguns apontem o uso da planta para fins medicinais, o professor de psiquiatria da Unifesp, Ronaldo Laranjeira, afirmou que há poucos indícios que a Cannabis tenha uso medicinal para maior parte das doenças. Para ele, essa legalização também ajudaria o crime organizado.

“Não tenha dúvida que a maconha vai ser desviada ou que, nessa estrutura, vai poder se cultivar ou fazer testes genéticos para produzir maconhas mais fortes. O crime organizado vai nadar de braçada aí nesse laboratório que será custado com dinheiro público”, afirmou o professor.

Além disso, ele afirma que a dosagem adequada só pode ser obtida por meio de laboratório, a fim que não cause efeitos psicóticos, e também diminuir a percepção de risco do uso da droga. Os especialistas também se encaminham a uma solução, em que o oferecimento do canabidiol pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

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