Especialistas alertam para a expansão das atividades do grupo terrorista libanês Hezbollah no Brasil. Segundo o membro da Fundação para a Defesa das Democracias, Emanuele Ottolenghi, a presença do grupo em território brasileiro é crescente, principalmente pela importância do país no comércio internacional de drogas.
Conforme levantamento feito pela fundação norte-americana, parentes de figuras consideradas importantes do Hezbollah já se encontram no Brasil, como Haj Wissam Rizk, irmão de Khalil Rizk, ex-chefe do departamento de relações exteriores do grupo terrorista. Atualmente, Haj reside na cidade de São Paulo, onde trabalha no ramo de aparelhos celulares.
Em entrevista ao site Infobae, Emanuele Ottolenghi alertou sobre o funcionamento desses grupos, que dependem de parentes para executar algumas atividades em outros países. “Essas redes têm quase sempre um componente familiar, uma vez que os líderes do Hezbollah na nomenclatura partidária dependem de parentes ou atribuem-lhe tarefas complexas de apoio no estrangeiro”, informou o especialista.
Investigação da Polícia Federal
A Polícia Federal (PF) deflagrou, no ano passado, operação que culminou na prisão de pessoas supostamente ligadas ao Hezbollah, entre eles Mohamad Khir Abdulmajid e Haissam Houssim Diab, procurados pela Interpol.
Investigações apontaram que Abdulmajid, conhecido como Habibi, tinha um perfil radical, e obteve treinamento de tiro, além de ter buscado aulas de espanhol, apontando um possível plano de figa para outros países da América Latina.
Crescimento do antissemitismo
Além do aumento na presença do grupo terrorista no Brasil, outra crescente no país é o antissemitismo, que leva temor à comunidade judaica. Conforme o coordenador do Museu do Holocausto de Curitiba, Carlos Reiss, esse ódio às vezes vem disfarçado.
“Vai além do que observamos na superfície e inclui armadilhas que simulam uma natureza falsamente defensiva. E esta é muitas vezes a intenção dos antissemitas: defender algo que assumem ser moralmente correto, provocar essa confusão mental e escapar ao rótulo. E o crescimento desse ódio nos preocupa muito”, esclareceu Carlos Reiss.
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