A Operação Lava Jato completa 10 anos neste domingo (17), e em comemoração à data, o senador e ex-juiz Sergio Moro (União Brasil-PR), que participou da investigação e julgamentos de diversos casos de corrupção, publicou uma mensagem celebrando mais um aniversário da primeira fase da operação.
Em seu perfil no X, o senador mostrou que mesmo após dez anos, a ação desencadeada para combater a corrupção no país não será esquecida. “A Lava Jato vive em cada brasileiro que acredita na honestidade e no Brasil. Os tempos sombrios passarão e a corrupção voltará a ser um crime em nosso país. A verdade está do nosso lado”, escreveu Sergio Moro.
A Lava Jato vive em cada brasileiro que acredita na honestidade e no Brasil. Os tempos sombrios passarão e a corrupção voltará a ser um crime em nosso país. A verdade está do nosso lado.
— Sergio Moro (@SF_Moro) March 17, 2024
Uma década após a deflagração da operação, as delações realizadas durante a Lava Jato vão esmaecendo, especialmente após o Supremo Tribunal Federal (STF) declarar que a ação violou regras básicas do Direito, em que os ministros acusaram a existência de parceria entre o então juiz e os procuradores durante os processos.
Durante a Lava Jato, empreiteiros, doleiros, ex-diretores da Petrobras, políticos e dois ex-presidentes da República, Michel Temer e Luiz Inácio Lula da Silva foram enquadrados criminalmente por corrupção. Nesse mesmo período, a operação resultou na devolução de R$ 2 bilhões aos cofres públicos.
No ano de 2018, quando Jair Bolsonaro foi eleito para a Presidência da República, o então juiz Sergio Moro foi convidado a comandar o Ministério da Justiça e Segurança Pública. Diante tal movimentação, em que o juiz que condenou Lula passou a integrar o governo do novo presidente, foi o estopim para a criação de especulações e pontuações que colocaram em dúvida o intuito da operação.
Um ano depois, após hackers vazarem mensagens trocadas entre Moro e alguns procuradores, os críticos da Lava Jato endossaram uma possível irregularidade com o processo da operação. Conforme o conteúdo divulgado pelo The Intercept Brasil, o então juiz e procuradores possuíam uma parceria, o que, no entendimento do STF, violou a Constituição.
Logo, em 2021, a Corte decidiu que a condução dos processos envolveu a parcialidade de Sergio Moro. Depois disso, barraram as conduções coercitivas, prática adotada pela Força-Tarefa de Curitiba. Em seguida, houve a decisão de que o caixa dois utilizado em campanhas é de julgamento competente à Justiça Eleitoral, o que retirou inúmeros processos das varas criminais da Lava Jato.
Por fim, os ministros derrubaram a prisão em 2ª instância, resultando na soltura de Lula e outros alvos da operação.
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