O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) criticou a atuação da Polícia Federal no governo Lula (PT). Após a operação contra seu irmão, Carlos Bolsonaro, o político afirmou que existe uma “Polícia Federal Paralela”, que está destruindo a credibilidade da instituição.
Em entrevista coletiva após uma reunião com o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco, o senador afirmou que sentia saudade da PF que “batia na porta de bandidos com provas”. “Que saudade daquela Polícia Federal que batia na porta de bandidos em que havia fundamento, subsídios, provas, testemunhas, delações de pessoas que roubaram dinheiro público. Faziam operações para prender quadrilhas de tráfico e traficantes. Agora, para prender opositor político do atual governo?!”, declarou.
Além disso, Flávio Bolsonaro acusou a Justiça de “pescaria probatória”, ou seja, buscando provas sem causa provável, apenas para atingir pessoas eleitas como alvo. No caso, o senador afirmou que a PF fez buscas na casa de Carlos em Angra dos Reis, mas que discutiram a possibilidade de apreender celulares de toda a família Bolsonaro.
“Havia, sim, uma intenção não republicana de apreender todos os aparelhos dos quatro Bolsonaros. Mas por alguma razão, no momento, o delegado que cumpria a diligência fez uma ligação e resolveu voltar atrás. Inclusive celulares dos seguranças de Eduardo Bolsonaro chegaram a ser apreendidos e devolvidos”, disse. Por fim, o político afirmou que a “Polícia Federal paralela” dissemina notícias falsas com intenções políticas.
“Eu espero sinceramente que a própria Polícia Federal faça uma autoanálise e internamente expurgue esse pequeno grupo, esse câncer que é a Polícia Federal paralela usada para perseguir opositor político”, concluiu.
Reuniões com o Congresso
Nessa quarta-feira (31), os senadores da oposição fizeram uma reunião com Rodrigo Pacheco, presidente do Congresso, para falar das recentes operações da PF contra parlamentares. De acordo com Flávio, o encontro também foi para “mostrar que hoje há uma conjuntura, sim, para perseguir um espectro político ligado a [Jair] Bolsonaro no Brasil, o que desequilibra a democracia”.
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