Após dois anos de investigação sobre os desvios de conduta e o esquema de fraudes de ex-diretores da empresa Americanas, que resultaram em um rombo de R$ 25,2 bilhões, ficou esclarecido que a ação criminosa envolvia a manipulação de dados sobre estoques, vendas e fretes para apresentar um balanço financeiro favorável, mascarando a real situação da companhia.
Esses desvios de conduta incluíam a concessão de benefícios à alta cúpula, como o uso de veículos blindados de luxo que não foram aprovados pelo conselho administrativo da empresa. Além disso, a empresa comprava carros de luxo para revender aos diretores com descontos de até 80%.
A fraude contábil envolvia a reclassificação de despesas de frete como investimentos, alterando assim os resultados financeiros. De acordo com a investigação, cerca de R$ 200 milhões em fretes foram registrados como investimentos.
A prática tinha como objetivo inflar os resultados do Ebitda da companhia por meio da manipulação de estoques, com produtos devolvidos não registrados, o que gerava um estoque falso de até R$ 700 milhões. O volume bruto de mercadorias (GMV) também era inflado para atender às expectativas do mercado e dos analistas.
A Americanas se declarou vítima de uma fraude financeira, acusando ex-diretores de manipularem os controles internos. A empresa colabora com as investigações da Polícia Federal, do Ministério Público Federal e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
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