Caroline Vitorino
O escritor Dalton Trevisan morreu, nessa segunda-feira (09), aos 99 anos em sua residência, em Curitiba. A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado da Cultura do Paraná (SEEC). A causa da morte não foi divulgada.
O corpo do escritor será cremado em uma cerimônia restrita à família, marcada para esta terça-feira (10). Trevisan, que há anos vivia recluso, deixou um legado literário marcante, especialmente com a obra O Vampiro de Curitiba. Nesse livro, ele retratou como poucos a vida noturna da capital paranaense, com personagens profundos e uma narrativa singular.
Dalton Trevisan formou-se em Direito pela Faculdade de Direito do Paraná e exerceu a advocacia por sete anos antes de se dedicar exclusivamente à literatura. Seu estilo reservado e avesso à exposição pública lhe rendeu o apelido de “Vampiro de Curitiba”, inspirado no título de sua obra mais conhecida, publicada em 1965.
A carreira literária do autor começou com a novela Sonata Luar (1945), mas foi com a coletânea Novelas Nada Exemplares (1959) que ele conquistou destaque no cenário literário brasileiro. Ao longo de sua trajetória, Dalton Trevisan consolidou-se como um dos maiores contistas do país, sendo celebrado pela profundidade e sutileza de sua escrita.
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