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Senado aprova Gabriel Galípolo para presidir o Banco Central

Decisão dos senadores foi definida após sabatina e votação no plenário da Casa Legislativa.

O plenário do Senado Federal aprovou por 66 votos favoráveis e 5 contra, nesta terça-feira (08), a indicação de Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central (BC). A decisão se deu após sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Galípolo substituirá Roberto Campos Neto, cujo mandato termina em 31 de dezembro. O economista assumirá um mandato de quatro anos à frente da instituição.

Atualmente, Galípolo ocupa o cargo de diretor de Política Monetária do BC, função que exerce desde julho de 2023. Economista formado pela PUC-SP, ele tem mestrado em Economia Política pela mesma instituição, além de um extenso currículo que inclui passagens como secretário-executivo do Ministério da Fazenda e conselheiro econômico da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva em 2021. Sua atuação nos últimos anos também o aproximou do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com quem mantém uma relação de confiança.

Antes de ingressar no Banco Central, Galípolo construiu uma trajetória sólida tanto no setor público quanto no privado. Ele foi secretário de Economia e de Transportes do governo de São Paulo, trabalhou na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e fundou o Banco Fator, especializado em parcerias público-privadas e privatizações. Sua experiência com temas econômicos e financeiros o torna uma escolha de peso para liderar o BC.

A relação de Galípolo com o presidente Lula também se destaca. Ele foi a primeira indicação do presidente para uma diretoria do Banco Central, e seu nome tem sido amplamente elogiado por Lula, que destacou a competência e a honestidade do economista. No entanto, durante sua atuação como diretor de Política Monetária, Galípolo apoiou a decisão de manter a taxa básica de juros (Selic) em 10,5% ao ano, uma posição que contraria a vontade de Lula, que critica as taxas elevadas de juros no país.

A indicação de Galípolo à presidência do BC foi anunciada por Haddad no final de agosto e agora depende apenas da aprovação do plenário do Senado.

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