O ex-policial militar Ronnie Lessa delatou o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, Domingos Brazão, como o mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Brazão, que é empresário, filiado do MDB e ex-deputado estadual do Rio de Janeiro, já havia sido acusado pela Procuradoria-Geral da República em 2019 por obstruir as investigações sobre o caso.
O assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes completou cinco anos em 14 de março de 2023. As investigações levaram à prisão de dois executores: Ronnie Lessa, acusado de ter atirado na vereadora, e o ex-policial militar Elcio de Queiroz. Ambos foram presos em março de 2019 e, quatro anos depois, continuam detidos, mas ainda não foram julgados.
Em maio de 2019, a Polícia Federal apontou que foram dados depoimentos falsos para dificultar a solução dos homicídios. Procuradoras abandonaram o caso em julho de 2021, alegando interferência externa na investigação.
Domingos Brazão, além de ser acusado de obstruir as investigações, também foi denunciado pela então Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, junto com outras quatro pessoas por participação na obstrução.
Por ser conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Brazão tem foro privilegiado, o que pode ter implicações no andamento do caso.
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