O corregedor do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Luís Felipe Salomão, decidiu nesta quarta-feira (20) manter o juiz Eduardo Appio afastado da 13ª Vara da Justiça Federal, em Curitiba, e, portanto, afastado de todos os processos da operação Lava Jato.
Salomão também avocou, ou seja, assumiu a responsabilidade sobre o processo administrativo disciplinar (PAD) que corre contra o juiz. A decisão de assumir o processo ocorre um dia após Dias Toffoli, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), anular a suspeição de Appio nos casos da Lava Jato e suspender a tramitação do processo no TRF-4, sugerindo que o próprio CNJ assumisse.
O TRF-4 afastou Appio em 22 de maio de 2023, por conta de uma investigação que apura supostas ameaças feitas pelo juiz ao filho do desembargador federal Marcelo Malucelli.
Segundo Marcelo, o juiz federal ligou para seu filho, João Eduardo Barreto Malucelli, ameaçando-o depois de uma decisão que restabelecia a prisão de Tacla Duran, advogado que acusa Lava Jato de cobrar “taxa de proteção” aos alvos da operação. A representação feita pelo desembargador diz que Appio usou dados e informações do sistema da Justiça Federal para chegar ao seu filho.
Além disso, o TRF-4 declarou Appio suspeito no dia 6 de setembro deste ano. Na ocasião, o TRF-4 anulou todas as decisões do magistrado relacionadas à operação Lava Jato.
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