Pedro Henrique
Na terça-feira (30), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) liberou o maior valor de emendas parlamentares em um único dia desde o início de seu mandato: R$ 1,7 bilhão. Essa medida tem como objetivo evitar uma grande derrota no Congresso, conforme publicado pela Folha de S.Paulo nesta quarta-feira (31).
Lula busca evitar uma iminente derrota na votação da medida provisória (MP) de reestruturação da Esplanada dos Ministérios. A votação da MP foi adiada na Câmara dos Deputados para dar ao presidente mais tempo para garantir os votos necessários para a sua aprovação.
Anteriormente, o presidente levou cinco meses para liberar R$ 1,7 bilhão em emendas, desde janeiro até os primeiros dias de maio. O total liberado até o momento é de R$ 4,5 bilhões para emendas individuais. Os articuladores políticos do governo Lula afirmam que ele pretende acelerar ainda mais a liberação de emendas.
A MP dos Ministérios está em vigor desde que foi decretada por Lula, mas precisa ser aprovada pelo Congresso para se tornar permanente. Além disso, outras seis MPs do presidente devem caducar até o dia 1º de junho. Caso sejam rejeitadas pelos parlamentares, a estrutura dos ministérios voltará a ser organizada como era durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Uma consequência dessa possível rejeição é a extinção dos ministérios criados por Lula em janeiro, como o Ministério dos Povos Indígenas, da Cultura, da Igualdade Racial, dos Transportes e do Desenvolvimento e Indústria.
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