O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, terá que prestar um novo depoimento à Polícia Federal (PF) até a próxima segunda-feira, 8, conforme determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), divulgada nesta quarta-feira, 3. Torres, que era secretário da Segurança Pública do Distrito Federal em 8 de janeiro, está preso há mais de 100 dias por suposta omissão diante dos protestos que ocorreram na Praça dos Três Poderes em Brasília.
Embora tenha sido preso em razão de sua suposta omissão diante dos protestos, o ex-ministro terá que depor por outra razão.
Moraes, que também é o atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral, está à frente de um inquérito que investiga o uso da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para fiscalizar o trânsito de eleitores no Nordeste no dia 29 de outubro de 2022, véspera do segundo turno das eleições presidenciais. O ministro do STF quer ouvir o que o ex-ministro tem a dizer sobre eventuais ações realizadas pela PRF no referido dia.
Lula venceu o segundo turno das eleições com menos de 2 pontos de diferença após a disputa com Jair Bolsonaro.
Saúde debilitada
De acordo com os advogados de Anderson Torres, o estado de saúde do ex-ministro é crítico. Eles relatam que ele perdeu mais de 17 quilos desde que foi preso e apresenta crises de ansiedade, angústia, tristeza profunda e intensos episódios de choro. Além disso, afirmam que Torres tem tido pensamentos suicidas.
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