O cofundador do Telegram, Pavel Durov, manifestou-se nesta quinta-feira (27) sobre a suspensão temporária do aplicativo. A Justiça Federal determinou a suspensão do aplicativo na quarta-feira (26), depois que a empresa se recusou a fornecer informações sobre grupos neonazistas para a Polícia Federal (PF).
Além da suspensão, a plataforma também sofreu com a ampliação do valor da multa, que passou de R$ 100 mil para R$ 1 milhão por dia de não fornecimento das informações. De acordo com Pavel Durov, os dados solicitados pela Justiça são impossíveis de serem obtidos.
Ele também afirma que o aplicativo tem a missão de garantir a liberdade de expressão e privacidade dos usuários, e nos países em que essas premissas não podem ser seguidas, a melhor escolha é deixar esses mercados.
“Nos casos em que as leis locais vão contra a missão [de preservar a privacidade e liberdade de discurso ao redor do mundo] ou impõem pedidos tecnicamente inviáveis, às vezes nós temos que deixar tais mercados. No passado, países como China, Irã e Rússia baniram o Telegram devido à nossa posição de princípio sobre a questão dos direitos humanos. Tais eventos, embora infelizes, ainda são preferíveis a trair nossos usuários e às crenças nas quais fomos fundados”, pronunciou o cofundador do Telegram.
A PF é responsável pela investigação do atentado a duas escolas em Aracruz, no Espírito Santo, onde um adolescente matou quatro pessoas e deixou outras 13 feridas. A suspeita é de que ele integrava grupos de neonazismo em aplicativos de mensagem.
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