Morreu, na manhã deste sábado (04), aos 73 anos, o cartunista Paulo José Hespanha Caruso. Ele estava internado no Hospital 9 de Julho, no Centro de São Paulo. A causa da morte não foi divulgada.
Em nota, o hospital confirmou que o falecimento do cartunista, mas que "em respeito à privacidade do paciente e seus familiares, não há mais detalhes a serem fornecidos".
Paulo Caruso nasceu na capital paulista em 6 de dezembro de 1949. Ele era caricaturista, ilustrador, chargista, músico e irmão gêmeo de Chico Caruso, também cartunista.
Trajetória
Paulo Caruso cursou arquitetura na Universidade de São Paulo (USP) no início dos anos 1970, mas não exerceu a profissão. Em 1985, no Salão de Humor de Piracicaba, no interior de São Paulo, uniu a paixão pela música ao amor pelos cartuns e montou uma banda só com cartunistas.
Ele começou a vida profissional no “Diário Popular” no final da década de 1960 e também colaborou com os jornais “Folha de S.Paulo” e “Movimento”. Ele participava do Programa Roda Viva, da TV Cultura. Sua última participação foi no dia 2 de janeiro, com a entrevista do ministro Rui Costa.
Nos anos 1970, foi para “O Pasquim”, ao lado de Millôr Fernandes (1923-2012), Jaguar e Ziraldo. A partir de 1988, publicou, na revista “IstoÉ”, a coluna de humor Avenida Brasil, onde sintetizou, com sátira e humor, vários momentos da história política do país.
Em 1992, lançou o livro "Avenida Brasil", em que reuniu centenas de charges políticas, publicadas em jornais e revistas. O principal foco, na época, era o presidente Fernando Collor de Mello. Também é autor de “As Origens do Capitão Bandeira” (1983), ”Ecos do Ipiranga” (1984), “Bar Brasil na Nova República” (1986) e “A Transição pela Via das Dúvidas” (1989).
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