O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), voltou a defender a regulação das redes sociais e apoiou o compartilhamento de receitas das big techs com a chamada imprensa tradicional. As declarações foram dadas, nesta quinta-feira (09), durante um seminário promovido pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP).
“As próprias plataformas deveriam regular. É fácil, por meios tecnológicos e sem controle de conteúdo prévio. Basta ver se uma informação está circulando com uma velocidade superior àquela que a capacidade humana poderia fazê-la circular”, afirmou Barroso.
Para o ministro, a regulação das redes sociais impedirá “comportamentos antissociais e inautênticos” na sociedade.
Remuneração da imprensa
Barroso apoiou ainda a proposta segundo a qual as plataformas digitais têm de compartilhar a receita que ganham com a imprensa tradicional. Isso porque, segundo o ministro, a mídia, como um “business privado”, está “minguando”, em virtude da migração da publicidade para as big techs. A ideia está embutida no PL das Fake News, rejeitado pelo Parlamento.
“As big techs não produzem conteúdo. Quem o faz é a imprensa tradicional. Portanto, há uma carona. Dessa forma, deve haver mecanismos de compartilhamento de receita”, defendeu Barroso.
Para Barroso, a imprensa é mais que um business privado. É ela a responsável por criar “fatos comuns sobre os quais as pessoas podem formar sua opinião”.
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