Davi Fernandes
A Polícia Federal deflagrou operação nesta quarta-feira (8) para prevenir atos terroristas no Brasil e a investigação que levou à ação revelou que estavam sendo preparados ataques a prédios da comunidade judaica no país. O planejamento envolvia recrutas do Hezbollah, um grupo islâmico xiita que opera no Líbano e é financiado pelo Irã. A PF cumpriu dois mandados de prisão e 11 mandados de busca e apreensão em Minas Gerais, São Paulo e no Distrito Federal.
Os recrutadores e recrutados devem responder pelos crimes de “constituir ou integrar organização terrorista” e de “realizar atos preparatórios de terrorismo”. Se somadas, as penas máximas para tais crimes podem chegar a 15 anos e 6 meses de prisão, de acordo com uma nota divulgada pela PF.
A Confederação Israelita do Brasil (Conib) expressou “enorme preocupação” com as suspeitas de atentados contra alvos judaicos no Brasil. “O terrorismo, em todas as suas vertentes, deve ser combatido e repudiado por toda a sociedade brasileira”, afirmou a confederação.
“Os trágicos conflitos do Oriente Médio não podem ser importados ao nosso país, onde diferentes comunidades convivem de forma pacífica, harmoniosa e sem medo do terrorismo.”
Esta não é a primeira vez que a PF age contra o grupo islâmico em território nacional. Em setembro de 2018, a entidade prendeu o comerciante Assad Ahmad Barakat, 51, acusado pelo governo americano de ser um dos principais financiadores do Hezbollah. A prisão foi decretada pela justiça paraguaia pelo crime de falsidade ideológica.
A prisão ocorreu em Foz do Iguaçu, no Paraná, após autorização do Supremo Tribunal Federal. O Hezbollah é aliado do grupo palestino Hamas na atual guerra entre Israel e Hamas. A operação desta quarta-feira é mais um passo na luta do Brasil contra o terrorismo e a violência.
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