O juiz Roberto Lemos dos Santos Filho enviou à Procuradoria-Geral da República (PGR) pedido para reabrir o inquérito sobre a queda do avião que matou o então candidato a presidente do Brasil, Eduardo Campos, em 2014, em Santos.
O magistrado atendeu a um pedido do irmão do ex-governador de Pernambuco, o advogado Antônio Campos, que alegou que Eduardo pode ter sido assassinado.
Segundo Santos Filho, o envio do pedido foi feito para "assentar o acerto da conclusão alcançada".
O avião com o ex-governador, que cumpriria agenda de campanha em Santos, caiu depois que saiu do aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, em direção ao Guarujá. A morte de Eduardo Campos mudou o rumo político das eleições de 2014.
De acordo com informações da Aeronáutica, a aeronave Cessna 560XL arremeteu quando se preparava para o pouso devido ao mau tempo. Logo em seguida, o controle de tráfego aéreo perdeu contato com o jato. Sete pessoas morreram no acidente
PF terminou relatório sem apontar conclusão
Em agosto de 2018, a Polícia Federal finalizou relatório sobre as causas da queda do avião e listou um conjunto de hipóteses, contudo sem apontar conclusões. As hipóteses foram colisão com pássaros, desorientação espacial por parte dos pilotos, disparo de compensador de profundor (peça responsável pelas subidas e descidas da aeronave) ou pane de profundor em posições extremas.
O Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), entretanto, havia apresentado um relatório técnico que indicava falha humana como o motivo da queda. Na época, o irmão de Campos pediu a retirada do laudo do inquérito que apurava as causas do desastre.
O caso passou a ser investigado pelo MPF e, posteriormente, arquivado pelo órgão, em 2019. O órgão constatou que não era possível determinar a causa exata da queda da aeronave e definir os responsáveis por eventuais crimes cometidos
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