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Seca no Rio Amazonas revela rostos esculpidos em pedras há 2 mil anos

O sítio é o primeiro do Amazonas registrado no Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos do Iphan.

Valter Calheiros 1 / 24 Rostos esculpidos em pedra Rostos esculpidos em pedra
Valter Calheiros 2 / 24 Gravura esculpida em pedra Gravura esculpida em pedra
Valter Calheiros 3 / 24 Sítio arqueológico Sítio arqueológico
Valter Calheiros 4 / 24 Gravura rupestre Gravura rupestre
Valter Calheiros 5 / 24 Sítio arqueológico das Lajes Sítio arqueológico das Lajes
Valter Calheiros 6 / 24 Gravura pode ter mais de 2 mil anos Gravura pode ter mais de 2 mil anos
Valter Calheiros 7 / 24 Rosto gravado em pedra Rosto gravado em pedra
Valter Calheiros 8 / 24 Gravura Gravura
Valter Calheiros 9 / 24 Sítio arqueológico das Lajes, no Amazonas Sítio arqueológico das Lajes, no Amazonas
Valter Calheiros 10 / 24 Seca na região revelou as gravuras Seca na região revelou as gravuras
Valter Calheiros 11 / 24 Gravura no sítio arqueológico das Lajes Gravura no sítio arqueológico das Lajes
Valter Calheiros 12 / 24 Gravuras apareceram com a baixa dos rios Gravuras apareceram com a baixa dos rios
Valter Calheiros 13 / 24 Sítio arqueológico das Lajes Sítio arqueológico das Lajes
Valter Calheiros 14 / 24 Seca no Amazonas revelou gravuras Seca no Amazonas revelou gravuras
Valter Calheiros 15 / 24 Registro em pedra Registro em pedra
Valter Calheiros 16 / 24 Pedras no encontro dos dois rios Pedras no encontro dos dois rios
Valter Calheiros 17 / 24 Sítio arqueológico das Lajes Sítio arqueológico das Lajes
Valter Calheiros 18 / 24 População visitando o sítio arqueológico População visitando o sítio arqueológico
Valter Calheiros 19 / 24 Sítio arqueológico na Amazônia Sítio arqueológico na Amazônia
Valter Calheiros 20 / 24 Encontro dos rios Negro e Solimões Encontro dos rios Negro e Solimões
Valter Calheiros 21 / 24 Rio Negro e Rio Solimões Rio Negro e Rio Solimões
Valter Calheiros 22 / 24 Gravura rupestre Gravura rupestre
Valter Calheiros 23 / 24 Rios Negro e Solimões Rios Negro e Solimões
Valter Calheiros 24 / 24 Rios do Amazonas Rios do Amazonas

A seca que acomete a Amazônia, afetando o Rio Amazonas e outros grandes rios da região, revelou um sítio arqueológico com gravuras esculpidas em pedras, que podem ter cerca de 2 mil anos. Em imagens cedidas ao GP1 pelo ativista ambiental e pesquisador Valter Calheiros, é possível ver algumas das inúmeras figuras que integram o sítio arqueológico das Lajes.

Segundo Valter Calheiros, as gravuras ficam próximo ao encontro das águas dos rios Negro e Solimões. Elas foram registradas pela primeira vez em 2010, entretanto, comunidades ribeirinhas há muitos anos já relatavam ter visto as figuras.


O sítio arqueológico é o primeiro do Amazonas registrado no Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos (CNSA) do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

“No Iphan ele é o sítio arqueológico zero um do estado do Amazonas. Desde então, se sabe pouco desse sítio, porque nunca se avançou em estudos, em pesquisas. Em 2010 foi possível registrar, fotografar pela primeira vez esse sítio”, explicou Calheiros.

Quase 2 mil anos

Os pesquisadores indicam que o sítio arqueológico pode aproximadamente 2 mil anos. “O que estão fazendo é comparando com outros sítios já pesquisados. Com base nisso é que se diz que talvez elas tenham dois mil anos”, afirmou o ativista.

Origem das gravuras

A explicação mais defendida é a de que o rio, há milhares de anos, não estivesse no mesmo nível, o que possibilitaria a ocupação humana e a confecção das gravuras.

“Talvez o próprio rio Negro tivesse um curso mais embaixo. Então, se o rio Negro tinha um curso mais embaixo, as gravuras poderiam ser trabalhadas pelas famílias, pelas comunidades indígenas, naturalmente em um espaço de convivência”, ressaltou Valter Calheiros.

O ativista ambiental também falou da importância da realização de mais pesquisas na região. “É preciso despertar na sociedade a necessidade de pesquisar. Imagina se esse sítio arqueológico ficasse na Europa, teria uma fila de gente para estudar. Esse sítio precisa ser valorizado e conhecido”, frisou.

Maior seca do século

Valter Calheiros enfatizou que a seca na região amazônica é a maior desse século. “É a maior seca. A anterior a essa foi a de 2010 e a anterior a de 2010 foi a de 1963”, concluiu.

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