Petrobras vai iniciar perfuração na Foz do Amazonas em 2024

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou durante participação no seminário “Caminhos para Transição Energética Justa no Brasil”, que a estatal irá perfurar a Foz do Amazonas, localizada a 500 km de distância da foz do Rio Amazonas. A declaração foi feita durante o evento, que aconteceu nesta quarta-feira (11), no Rio de Janeiro. Estima-se que os investimentos nas operações da região já tenham custado R$ 1 bilhão.

Segundo Prates, a perfuração do primeiro poço, localizado na costa do Amapá, deve ocorrer até o primeiro semestre de 2024. “Nós temos toda uma expectativa, legítima, de ainda no primeiro semestre do próximo ano, ou no mais tardar ao longo do ano, ir rumo ao Amapá para perfurar a Margem Equatorial”, declarou o presidente da Petrobras.

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Ele ainda se mostrou otimista com a autorização da Petrobras para realizar a perfuração, e defendeu que não existe conflito no governo sobre o licenciamento da Margem Equatorial. Para Jean Paul Prates, o processo ocorre a nível técnico, e é natural que o processo seja reavaliado por membros do governo Lula (PT), visto que a avaliação também tramita desde a gestão anterior.

O presidente da estatal ainda reiterou que a Petrobras seguiu o mesmo passo que o Ibama, outro órgão que após as eleições de 2022 recebeu uma nova gestão alinhadas às exigências ambientais do atual chefe do Executivo. “O assunto vinha fluindo tecnicamente em processo de pedido de licenciamento de 16 perfurações. Respeitamos o momento e a necessidade de a ministra Marina Silva e do presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, fazerem adaptações e novos pedidos à Petrobras”, destacou Jean Paul Prates.

Confirmação de reservas de petróleo

Para que o trabalho siga para a próxima etapa, a Petrobras ainda deve decidir se vai produzir após as pesquisas na fase de exploração atestarem a existência de reservas de petróleo, assim como o destino dos royalties correspondentes. O bloco a ser perfurado tem potencial de cerca de 5,6 bilhões de petróleo e pode incrementar 37% de magnitude nas reservas de petróleo brasileiras, que hoje compreendem 14,8 bilhões de barris.

A Margem Equatorial, que deve ser o primeiro poço a ser perfurado, abrange toda a faixa litorânea ao Norte do Brasil, e é dividida em cinco bacias sedimentares:

-Foz do Amazonas

Pará-Maranhão

Barreirinhas

Ceará

Potiguar