Mikaela Ramos
Na mira da Polícia Federal, as pesquisas do Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria) renderam o montante de R$ 23,4 milhões em 2022. Em seguida, aparece o Datafolha, que arrecadou R$ 14,2 milhões. A informação está registrada na base de dados abertos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e foi consultada nessa sexta-feira (7).
De acordo com os dados, as três pesquisas mais caras realizadas pelo Ipec, no valor de R$ 347.659 cada, contratadas pela TV Globo, entrevistaram, no total, 9.024 eleitores entre os dias 13 de setembro e 1º de outubro. A média de entrevistados nas pesquisas era de 1.000 eleitores. Já o Datafolha, que costumava entrevistar entre 1.000 e 6.800 eleitores nas pesquisas anteriores, declarou que recebeu R$ 617.972 para uma pesquisa com 12.800 eleitores, nos dias 30 de setembro e 1º de outubro, na véspera do 1º turno das eleições.
Os institutos estão na mira da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Pesquisa, que nesta quinta-feira (6) conseguiu alcançar o número de assinaturas suficiente para a abertura da investigação.
Pesquisas do primeiro turno
O Ipec realizou sete levantamentos de inteção de voto ao Palácio do Planalto no mês de agosto. Considerando apenas os votos válidos, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tinha 52% das intenções de voto. Com a margem de erro de 2 pontos percentuais, o Ipec se aproximou do resultado divulgado pelo TSE, que registrou 48,43% dos votos para o petista.
Diferente das projeções sobre Bolsonaro, nos sete levantamentos do Ipec, o atual presidente da República manteve as intenções de voto em 37%. Com a margem de erro de 2 pontos percentuais, Bolsonaro teria, no máximo, 39% dos votos. No entanto, ele terminou o primeiro turno com 43,20%. O mesmo aconteceu com o Datafolha, que previa na última pesquisa que Bolsonaro tivesse 36% das intenções de votos, contra 50% de Lula.
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