O desabamento expõe a necessidade de o Brasil rever as regras de segurança para o turismo de aventura e ecoturismo. Essa é a avaliação de diversos geólogos, que consideram que o desastre de Capitólio poderia ser evitado, caso as normas técnicas nacionais exigissem uma análise geológica de risco para áreas como a dos cânions.
Segundo o geólogo Tiago Antonelli, do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), “a cultura de análise geológica no Brasil é restrita a obras de engenharia, onde são obrigatórias”. “O que ocorreu pode ser um marco nas áreas turísticas.”
A responsabilidade de fiscalização e segurança da área é da prefeitura de Capitólio e da Marinha. Nas normas de segurança do município, nenhuma regra prevê o risco de desabamentos de rochas. Segundo o prefeito da cidade, Cristiano Geraldo da Silva, os critérios de segurança devem ser criados a partir da tragédia. “Precisamos de uma equipe técnica para fazer uma avaliação e a partir daí criarmos critérios de segurança, pensando em fatalidades como essa”, afirmou à TV Integração.
Tiago Antonelli observa ainda que o Serviço Geológico poderia realizar uma análise do local, mas precisaria do pedido oficial do município para isso. “Nós não temos a cartografia desta área, e não recebemos o pedido para verificar as suscetibilidades até hoje.”
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