O ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), liderou decisão da Segunda Turma da corte, que revogou a soltura de três empresários presos pelo juiz da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de janeiro, Marcelo Bretas. Eles haviam sido soltos pelo ministro Gilmar Mendes.
De acordo com a CNN Brasil, os julgamentos dos três habeas corpus ocorreram em plenário virtual na última quarta-feira (07). Gilmar Mendes deu o primeiro voto pela manutenção da soltura dos investigados e foi acompanhado por Ricardo Lewandowski. Depois, Nunes Marques abriu a divergência e foi seguido por Carmen Lúcia e Edson Fachin.
Foram revogadas então as solturas do empresário Arthur Pinheiro Machado, alvo da Operação Rizoma; Josemar Pereira, alvo de uma fase da Operação Lava Jato que investigou pagamento de propina a conselheiros do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro; e Luiz Arthur Andrade Correia, conhecido como Zartha, que foi alvo de operação que investigou a manipulação de mercado para favorecer ações de interesse do empresário Eike Batista.
A decisão da Segunda Turma do STF, liderada por Nunes Marques, pode significar uma derrota para Gilmar Mendes. Vale ressaltar que, no julgamento que manteve a proibição da abertura de templos e igrejas nesse momento da pandemia, Gilmar fez um discurso efusivo criticando o colega ministro por ter liberado anteriormente a abertura das atividades religiosas.
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