O biólogo conservacionista e um dos principais nomes em defesa da preservação da Amazônia, Thomas Lovejoy, morreu neste sábado, 25, aos 80 anos em Washington, nos Estados Unidos.
Lovejoy é conhecido como um pioneiro dos esforços modernos de conservação do meio ambiente e um grande pensador que ajudou a catalisar um movimento global para salvar a floresta amazônica.
Ele serviu como conselheiro para uma ampla gama de organizações e líderes globais em questões ambientais, como o Banco Mundial, a Organização das Nações Unidas (ONU), e também dos ex-presidentes americanos Ronald Reagan, Bill Clinton e Barack Obama.
Formado em biologia pela Universidade de Yale, Lovejoy fez a sua pesquisa de doutorado na Amazônia nos anos 1960, onde desenvolveu estudos sobre a floresta tropical. Recentemente, publicou, em parceria com o professor Carlos Nobre, um "paper" na revista Science Advances alertando para o fato do desmatamento na Amazônia estar próximo de atingir um "ponto de não-retorno".
A Lovejoy é creditada a criação do termo "diversidade biológica", o conceito de programas de troca de "dívida por natureza" e ser um dos primeiros a alertar sobre a questão das mudanças climáticas como um problema global.
O pesquisador também ajudou a transformar a WWF (World Wildlife Fund) — que era então uma pequena ONG — em um gigante da conservação trabalhando em questões em escala global. Ele também fundou a série de televisão pública Nature, que informou e inspirou inúmeras pessoas.
A causa da morte não foi divulgada, porém é sabido que ele tratava de um câncer de pâncreas. Ele deixa três filhas.
Ver todos os comentários | 0 |