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Pilotos de avião cancelam indicativo de greve após acordo no TST

Paralisação estava marcada para a próxima segunda-feira (29). Comissários de bordo também iriam aderir.

Os pilotos e comissários de bordo das companhias aéreas dediciram cancelar a greve marcada para começar na próxima segunda-feira, 29, após chegarem a um acordo com as empresas do setor neste sábado, 27.

O impasse foi resolvido no Tribunal Superior do Trabalho (TST), onde foi apresentada ontem a proposta de renovação da Convenção Coletiva do Trabalho (CCT) da aviação com o referendo do subprocurador-geral do Ministério Público do Trabalho (MPT), Gerson Marques, e da União, representada pelo Advogado-Geral da União (AGU), Bruno Bianco, e do Secretário Executivo do Ministério do Trabalho e Previdência. O Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA), que representa as companhias aéreas, aceitou a proposta.


Hoje, o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), que representa funcionários de Gol, Latam, Azul, ITA, Voepass e Latam Cargo, concordou em votação online com a proposta que inclui o reajuste imediato equivalente a 75% do INPC dos últimos 12 meses nas partes fixa e variável do salário; e um reajuste 100% do INPC dos últimos 12 meses nas diárias de alimentação nacionais e vale-alimentação. Também está prevista a renovação na íntegra das demais cláusulas sociais sem alterações.

Segundo os aeronautas, a votação teve 54% dos votos favoráveis à proposta, com 45% contra e 0,76% abstenções. No total, foram 6,9 mil tripulantes que participaram da decisão, que começou na sexta-feira à noite e terminou nesta tarde sábado.

Procurado, o SNA não respondeu aos pedidos de comentário até a publicação da reportagem.

Greve

A assembleia em que os trabalhadores decidiram deflagrar a greve ocorreu na última quarta-feira. Segundo o presidente do SNA, o comandante Ondino Dutra, houve participação de cerca de 700 funcionários das companhias aéreas.

O setor da aviação foi um dos mais atingidos pela crise no ano passado e ainda não se recuperou completamente. Para sobreviver ao impacto causado pela pandemia, as empresas criaram programas de licença não remunerada - que foram sendo reduzidos aos poucos. A Latam demitiu 2.700 tripulantes, mas voltou a contratar em julho.

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