O ator Mário Frias foi o escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro para ser o novo titular da Secretaria Especial de Cultura. A decisão foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União nesta sexta-feira, 19.
Frias será o quinto secretário da Cultura do governo, sucedendo Regina Duarte, que ficou pouco mais de dois meses no cargo, e Roberto Alvim, demitido depois de usar elementos nazistas em um discurso.
O ator foi um dos poucos artistas que compareceram à posse de Regina Duarte, em março. Frias e o presidente almoçaram no Palácio do Planalto há um mês.
- Foto: Reprodução/FacebookMário Frias
O decreto publicado nesta sexta-feira, 19, traz apenas a assinatura do presidente Jair Bolsonaro, e não a do ministro do Turimo, Marcelo Álvaro Antônio, a quem a pasta é subordinada.
O ator tem sido atuante nas redes sociais, onde compartilha seu posicionamento político alinhado ao do Governo e pouco fala sobre cultura. Nesta sexta, ele postou: Você que como EU votou no Presidente @jairbolsonaro fique firme, apoie, continue convicto de sua escolha, seja forte, blinde seu cérebro de narrativas mentirosas e covardes. Transforme as dificuldades em garra e força pra lutar por um Brasil melhor!"
O carioca Mário Frias, de 48 anos, ficou conhecido nos anos 1990 como o galã do seriado adolescente Malhação entre 1997 e 1998, da Rede Globo. Antes disso, ele tinha participado de outro seriado juvenil, o Caça Talentos. Ele atuou ainda em Meu Bem Querer, O Beijo do Vampiro, O Quinto dos Infernos, Senhora do Destino e Verão 90, entre outras novelas. Na Band, fez Floribella. Na Record, Os Mutantes e A Terra Prometida. Mário Frias é também apresentador, e esteve à frente de programas como Tô de Férias, no SBT, e Super Bull Brasil, na RedeTV!.
Em seu perfil, ele usa a hashtag #fechadocombolsonaro, foi ativo na defesa do uso da cloroquina no tratamento do coronavírus, retuita postagens de Sérgio Camargo, o polêmico presidente da Fundação Palmares, chama o presidente da Câmara Rodrigo Maia de golpista e comenta posts do cantor Roger e do jornalista e escritor Guilherme Fiúza (criticando o Governo de São Paulo e Sérgio Moro).
No início de maio, quando Bolsonaro disse que esperava não ter problemas naquela semana porque tinha chegado no limite, e que as Forças Armadas estavam do seu lado, Mário Frias escreveu: "Pra bom entendedor meia palavra basta".
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