Antes do recuo da Petrobras sobre o aumento do preço do diesel, o presidente da República, Jair Bolsonaro, procurou o presidente da petroleira, Roberto Castello Branco, para tratar do assunto. Segundo uma fonte do Palácio do Planalto, embora a iniciativa tenha partido de Bolsonaro, a decisão foi tomada em conjunto. A solução encontrada ainda é momentânea, já que o preço praticado em 26 de março será mantido por alguns dias.
A decisão da Petrobras jogou para baixo as ações da estatal no pré-mercadode Nova York e na B3, a Bolsa de São Paulo, nesta sexta-feira, 12. Pela manhã, o vice, Hamilton Mourão, disse, em entrevista à CBN, que a determinação de Bolsonaro para a Petrobras recuar do reajuste no diesel foi um caso "isolado". Também disse crer em bom senso e que não se repetirá a política de preços adotada do governo Dilma Rousseff (PT).
- Foto: Dida Sampaio/Estadão ConteúdoJair Bolsonaro
O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência monitora atentamente as movimentações de caminhoneiros em direção a uma nova greve desde o mês passado. O governo quer evitar o início de uma greve com receio de que tome as mesmas proporções da que ocorreu no ano passado, quando a paralisação durou 11 dias. O estopim, na época, foi justamente as altas do preço do diesel.
A avaliação de um integrante do governo é de que os caminhoneiros "conheceram a sua força" na última greve e que agora possuem maior poder de negociação.
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