Advogado de defesa de Lula, Cristiano Zanin já chegou à sede da Polícia Federal em Curitiba para tratar com o ex-presidente sobre a sua possível libertação, depois do julgamento de ontem do Supremo Tribunal Federal ter derrubado a prisão após condenação em segunda instância.
“Vamos sugerir a ele o protocolo imediato de um pedido ao juizo da execução para que ele saia da prisão com base no julgamento de ontem do STF, sem prejuízo de continuarmos a priorizar o HC da suspeição” disse Zanin.
Logo depois do julgamento, a defesa de Lula divulgou nota oficial reiterando a tese de que o ex-presidente está cumprindo pena injustamente. Durante todo o processo e depois da prisão, os advogados do ex-presidente tem martelado na tecla de que se trata de uma prisão política e que a condenação dada pelo então juiz Sérgio Moro era injustificada.
“O julgamento das ADCs concluído hoje (07/11/19) pelo STF reforça que o ex-presidente Lula está preso há 579 dias injustamente e de forma incompatível com a lei (CPP, art. 283) e com a Constituição da República (CF/88, art. 5º, LVII), como sempre dissemos. Após conversa com Lula nesta sexta-feira levaremos ao juízo da execução um pedido para que haja sua imediata soltura com base no resultado desse julgamento do STF, além de reiterarmos o pedido para que a Suprema Corte julgue os habeas corpus que objetivam a declaração da nulidade de todo o processo que o levou à prisão em virtude da suspeição do ex-juiz Sergio Moro e dos procuradores da Lava Jato, dentre inúmeras outras ilegalidades. Lula não praticou qualquer ato ilícito e é vítima de “lawfare”, que, no caso do ex-presidente, consiste no uso estratégico do Direito para fins de perseguição política”, diz a nota.
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