O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quarta-feira, 20, que não pretende retirar Abraham Weintraub do comando do Ministério da Educação. O ministro vem sendo criticado por declarações e ataques promovidos nas redes sociais.
"Não, por enquanto, não (sobre troca no MEC). Todos os ministros têm liberdade de expressão, só não pode criticar o governo", disse Bolsonaro.
Em post no Twitter no último dia 15, dia da Proclamação da República, Weintraub fez elogios à Monarquia e questionou as comemorações em homenagem à data. No texto, o ministro da Educação escreveu: “Não estou defendendo que voltemos à Monarquia mas...O que diabos estamos comemorando hoje?”, questionou, em uma sequência de posts. Segundo o ministro, a proclamação foi uma “infâmia” contra o então imperador D. Pedro II, a quem classificou como um dos melhores gestores e governantes da história mundial.
Não estou defendendo que voltemos à Monarquia mas...O que diabos estamos comemorando hoje? Há 130 anos foi cometida uma infâmia contra um patriota, honesto, iluminado, considerado um dos melhores gestores e governantes da História (Não estou restringindo a afirmação ao Brasil). pic.twitter.com/dQ3gfsOqLF
— Abraham Weintraub (@AbrahamWeint) November 15, 2019
Dom Pedro II cedeu o comando do Brasil em 15 de novembro de 1889 a Marechal Deodoro da Fonseca, primeiro presidente do País.
Na ocasião, Weintraub também provocou o movimento feminista, convidando-o a uma reflexão: “O Império teve seus dois principais atos assinados por mulheres educadas, inteligentes e honestas! Elas nos governaram bem antes de Dilma (Rousseff)”, escreveu, em referência a Imperatriz Maria Leopoldina e a Princesa Isabel.
Para as feministas refletirem: o Império teve seus dois principais atos assinados por mulheres educadas, inteligentes e HONESTAS! Elas nos governaram bem antes de Dilma. A Lei Áurea e Nossa Independência foram assinadas respectivamente pela Princesa Isabel e por Dona Leopoldina. pic.twitter.com/QHzBQJz6PW
— Abraham Weintraub (@AbrahamWeint) November 15, 2019
Bolsonaro também disse que "tudo pode acontecer", quando questionado se a Secretaria de Esportes deixará o Ministério da Cidadania. O presidente disse que há secretarias que merecem virar ministérios, mas que ele não fará esta mudança. "Até para dar recado de austeridade", disse.
Novo partido
O presidente disse que ficou "polindo" o estatuto do Aliança Pelo Brasil, partido que ele deseja tirar do papel a tempo de lançar candidatos para as eleições municipais de 2020. O texto deve ser apresentado durante a primeira convenção da legenda, marcada para esta quinta-feira, 21. Para um apoiador, em frente ao Palácio da Alvorada, Bolsonaro sugeriu: "Só recomendo filiar a qualquer partido se quiser vir candidato a alguma coisa no futuro, senão não se filia não."
Bolsonaro disse que não conversou com a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, sobre filiação ao novo partido. "Minha esposa não é muito ligada à política", disse.
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